FOTO 8.9: Suporte
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As impressoras de resina criam objetos 3D curando resina líquida, camada a camada. A mesa de impressão mergulha no tanque de resina, criando o objeto de pernas para o ar. Depois de cada camada ser curada, a mesa de impressão é elevada ligeiramente para que a resina ocupe o espaço entre a impressão e o filme FEP, e assim a próxima camada começa a ser curada.

Quase todos os tipos de objetos podem ser impressos numa impressora de resina 3D. No entanto, devem ser evitados objetos ocos, pois podem causar vácuo e rasgar o filtro FEP (membrana flexível que se encontra no fundo do tanque de resina). Para imprimir objetos ocos, as paredes do objeto devem ser mais grossas para serem resistentes (nunca abaixo dos 1.5-2mm), e o objeto deve ter um ou mais buracos para escoar a resina líquida que possa ficar dentro.

As impressoras 3D com base de resina necessitam de cuidados de segurança diferentes das impressoras com base de filamento. Resina é um químico perigoso e tóxico, que deve ser tratado com caução e cuidado. Há pessoas mais e menos sensíveis à resina (a exposição longa pode criar alergias, devido ao cheiro ou ao contacto com a pele). Os sintomas de exposição à resina podem ser dores de cabeça, tonturas, dificuldades a respirar, erupções cutâneas, entre outras.
Por estes motivos, aconselha-se que sejam sempre utilizados EPIs próprios, como luvas de latex ou nitrilo, máscara de segurança ou respiradores, e óculos de segurança. Também aconselhamos utilizar um avental, pois a resina pode manchar e danificar peças de roupa de forma permanente.
Os recipientes de limpeza (onde é colocado o álcool isopropílico ou água para limpeza das peças impressas) não devem ser utilizados para mais nenhuma função que não a limpeza de peças de resina. A impressora e estes recipientes devem estar numa área com ventilação, sem luz do sol direta.

As impressoras 3D de resina devem estar num espaço ventilado e sem luz do sol direta. A luz direta do sol pode causar cura indesejada da resina dentro do tanque ou das peças que estão a ser impressas. O mesmo cuidado é necessário na fase de limpeza dos objetos.

A resina fotopolímera não é segura para alimentos. No entanto, pode-se utilizar as impressões para criar moldes de silicone ou outros processos semelhantes para desenvolvimento de peças seguras para alimentos.

É no programa de slicing que se determina o tempo de cura dos objetos impressos. Este tempo vai ser diferente consoante o tipo de resina e as suas características técnicas, mas pode ser ajustado o tempo de exposição. Por vezes as primeiras camadas podem ter um tempo de exposição superior para garantir a adesão à mesa de impressão.
Uma exposição típica dura entre os 10 e os 15 segundos por camada. Quanto mais baixo for o objeto, mais rápido vai imprimir.

Aconselhamos ângulos entre os 15º e os 20º, dependendo do objeto – maiores ângulos podem causar deformações nos objetos. Deve-se evitar que superfícies planas fiquem paralelas ao filme FEP pois superfícies em ângulo são mais fáceis de imprimir e suportar, evitando que as peças partam e caiam no tanque durante a impressão.

Sim, recomendamos utilizar sempre raft. O raft cria uma área unificada, aderida à mesa de impressão, criando mais estabilidade para os suportes. Facilita a remoção dos modelos da mesa de impressão, sem danificar o objeto.

As impressoras de impressão 3D em resina são, na sua maioria, mais simples que as impressoras de FDM. São Plug-and-play, e apenas se movem no eixo Z. Por norma, os problemas de impressão são derivados das definições do slicer, e não da máquina. No entanto, a impressão 3D em resina necessita de um pós-processamento muito mais trabalhoso, assim como manuseamento de líquidos e exposição a fumos tóxicos. É necessário tomar as precauções de segurança necessárias no local de impressão e pós-processamento.

Há vários tipos de resina no mercado. A que comercializamos é uma Resina Lavável em Água, que torna o pós-processamento mais simplificado, pois é possível utilizar água potável ao invés de álcool isopropílico. Mas existem resinas standard, outras à base de plantas que contém menos químicos, resinas mais fortes semelhante ao ABS, resina flexível, resina transparente, resina de cera para criação de moldes, entre outras.
Quando se utiliza uma resina nova, é necessário investigar as especificações de cada uma, como tempo de cura entre camadas e outros ajustes necessários.

É necessário remover o mais rapidamente qualquer resina que entre em contacto com a pele. Primeiro, deve-se retirar o excesso com um papel de cozinha ou pano, e depois lavar a área com sabão. Se a resina entrar para os olhos, deve-se enxaguar com água em abundância, e visitar o médico para despistar qualquer lesão grave.

Primeiramente, é necessário agitar a garrafa da resina durante alguns minutos. Este passo é necessário pois a resina tem tendência a separar-se se ficar imóvel durante algum tempo. Os tanques de resina têm uma linha impressa no interior, que mostra o volume máximo de enchimento do mesmo. Deve-se ter cuidado para não deixar a resina cair fora do tanque, pois se ficar entre o FEP e o ecrã LED, pode danificar o mesmo e impedir impressões futuras.
Quando se coloca a resina no tanque, por vezes esta tem bolhas devido a ter sido misturada. Devemos, com a espátula de plástico, mexer na superfície da resina afastando as bolhas até que estas desapareçam. Se avançarmos com estas bolhas ainda sobre a resina, poderá causar problemas na adesão à mesa de impressão.

Sim, é possível encher o tanque durante a impressão, mas devemos ter alguns cuidados para o fazer. É preferível pausar a impressão, para que se possa misturar a resina após a adição. Também pode ser necessário aquecer ligeiramente a resina a adicionar, para não causar choques térmicos e possíveis defeitos na impressão.

Temos um vídeo de como substituir o filme FEP passo a passo, que pode ver nos Tutoriais.

Uma impressão pode falhar de várias formas: através dos suportes; não aderência à mesa de impressão; partes que não imprimem; shifting da peça; entre outros.
Devemos remover o objeto da mesa de impressão. Depois, verificar com a espátula de plástico se existe algum pedaço de resina curada colada ao filme FEP.
Aconselha-se que a resina seja filtrada depois de cada impressão, para evitar que qualquer pedaço curado que não esteja agarrado à mesa de impressão fique no tanque, contaminando a resina, e causando problemas na impressão seguinte – danificando o FEP, o ecrã LED, entre outros.

Quando o objeto fica preso ao FEP e não aos suportes, significa que estes não eram fortes o suficiente para prender o objeto quando o mesmo se desprende do filme FEP. Neste caso, poderão ser necessários mais suportes, mais profundidade de contacto, diminuir a velocidade de elevação da mesa, ou todos os anteriores. Mesmo um suporte grosso que tenha uma junção pequena ao objeto pode não conseguir garantir a aderência ao objeto.

Quando imprimimos em resina, a impressão e feita do avesso. Isto significa que a mesa de impressão vai estar a subir e a descer entre camadas, para garantir a presença da resina líquida necessária entre a camada de impressão já feita e o filme FEP. Por vezes, este som acontece porque há uma força de sução que prende a camada impressa ao FEP, que quando se desprende faz com que o filme FEP bata no ecrã LED como se fosse a membrana de uma bateria. Devemos apenas ter cuidado pois se esta força de sução for muito grande, pode rasgar o filme FEP.

Estas linhas entre camadas chamam-se deslocação de camada, e significa que a nova camada não está alinhada com a anterior. Por vezes pode ser um problema de suportes, ou seja, não estavam a segurar o objeto no local correto com a força necessária. Também pode acontecer por a mesa de impressão não estar bem apertada/nivelada, movimentos da máquina ou superfície durante a impressão, adição de resina de forma incorreta, entre outros.

Utilizando o raspador de metal, devemos colocá-lo entre o raft e a mesa de impressão para descolar o objeto, com cuidado para não danificar nem a mesa nem a impressão.

Após retirar o objeto da mesa de impressão, devemos colocá-la num recipiente com álcool isopropílico ou, no caso das resinas laváveis em água, com água e um pouco de detergente da loiça. Após alguns minutos, deve-se retirar a impressão do líquido e verificar. Se for uma impressão com muitos detalhes, pode-se utilizar um pincel suave molhado no líquido para ajudar a chegar a todos os cantos. Para verificar se está bem limpo, deve-se deixar o objeto secar um pouco (com ajuda de uma ventoinha ou papel de cozinha). A resina bem limpa ficará com um aspeto opaco/matte, enquanto as partes mal limpas ficam brilhantes. Repita o processo até que o objeto fique completamente opaco.

Os suportes devem ser sempre removidos antes de curar o objeto impresso. É aconselhável que os suportes sejam removidos com a ajuda de um alicate de pontas finas e pinças. Suportes finos em impressões pequenas podem ser facilmente removidos com os dedos. É necessário retirar os suportes com cuidado, pois a remoção incorreta pode danificar o objeto impresso. Devemos voltar a limpar a peça em álcool isopropílico/água depois de retirados os suportes, pois podem ficar restos de resina nas áreas circundantes. Não esquecer de utilizar as luvas de nitrilo durante este processo.

A cura dos objetos deve ser controlada, e para isso sugerimos utilizar máquinas de luz UV com temporizador. Caso não seja possível, podem ser curadas ao sol, mas com o cuidado de serem expostas em vários ângulos por tempo controlado.

Se o objeto impresso continua pegajoso após a cura, significa que não foi bem limpa e resíduos de resina líquida agarrados ao objeto foram curados na luz UV.

Uma impressão em resina 3D é feita por camadas, e por vezes conseguimos vê-las em algumas superfícies, especialmente em redondas, ou paredes direitas impressas em ângulos de 45º. A forma de evitar ou corrigir estas linhas passa por diminuir a altura da camada, mudar o ângulo da impressão, ou lixar.

Ao contrário dos filamentos, que são termoplásticos que derretem com altas temperaturas, a resina fotopolímera não derrete/cura quando exposta ao calor, mas este pode influenciar a resistência e integridade da impressão.